Ela quase desmaiou. Encostou-se em uma árvore, com o coração palpitando. Ele aproximou-se. Murmurou:
- Não tenha medo. Venho aqui todas as noites na esperança de vê-la. Leu minha carta? Espero que não esteja zangada. Perdoe minha ousadia. Mas se não lhe falasse morreria.
Percebeu que Cosette estava prestes a desmaiar. Correu até ela. E a amparou com os braços.
- Então, também me ama? - Perguntou ele.
- Cale-se! Sabe que sim! - Respondeu a moça com voz fraca.
Marius sentou no banco, e ela ao seu lado. Não sabiam o que dizer.
Como se encontraram seus lábios?
Como a ave canta e a rosa floresce?
Um beijo, eis tudo.
(Os Miseráveis - Victor Hugo)
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